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Mãos à obra

Recebido por Gottfried Mayerhofer, em 3 de maio de 1870

Novamente desejo dizer-vos algumas palavras, palavras de amor e piedade, pois sinto em vossos corações o anseio por Meu carinho e Minha presença.

Eu já muitas vezes disse e ensinei que Minhas Palavras sem a ação, de nada servem. Só as palavras não são suficientes para progredir no caminho que leva ao Meu Coração. Repito mais uma vez, pois vos vejo tão curiosos em ouvir palavras somente de Amor e Piedade, todas as vezes que aqui vos reunis. Eu reconheço que uma palavra minha sempre vos eleva e ilumina, vos coloca numa vibração que vos dá uma pequena mostra do que a vida Eterna será; mas estes sentimentos são de pouca duração enquanto que estiverdes neste mundo, aprisionados ao corpo que envolve vossa alma.

Toda vez que este sentimento maravilhoso se dissipa em vossos corações, exigis de Mim novas palavras, novo alimento espiritual que vos devolva o bem estar que sentis ao ver de longe como vossa vida será.

Amados filhos, neste mundo não pode ser diferente, pois vossos corações são feito a corda de violão que vibra de acordo com a tensão máxima. Ela arrebentará após algum tempo, pois esta tensão é contraria à sua existência individual e como conseqüência causará sua destruição.

O mesmo acontece com vossos sentimentos. Sobre vossos corações também se estendem as assim chamadas “cordas sentimentais” que só vibram com os acordes celestiais. E estas vibrações, influenciadas pelas Minhas Palavras, provocam acodes divinos. Se desejásseis estar nestes acordes constantemente, vosso corpo seria destruído. Esta é a razão por que estas vibrações ou sentimentos só são uma pequeníssima amostra do que vos espera em um ou outro mundo, no qual aprendereis a agüentar não somente essas vibrações divinas que sentis de vez em quando aqui na Terra, mas muitíssimo mais, tão inimagináveis aqui na Terra.

Vou vos ensinar como podeis alcançar uma vibração de calma quase celestial. Não são Minhas Palavras, mas sim a ação que deveis realizar baseados nas Minhas Palavras. Atuai, pois, após ouvirdes Minhas Palavras e espelhai-vos no Meu Exemplo. E logo sabereis que – pode ser que não sintais as tais vibrações que vos envolvem com o Meu Ensinamento ou com minha mensagem – conseguireis obter um sentimento de dever cumprido, uma consciência calma e serena, um prazer intimo que durará muito mais que a vibração celestial (que é muito mais forte e muito mais intensa) produzida em vós por Minhas Palavras. Por isto, Meus amados filhos, ação é o caminho que leva a Mim. Minha palavra é somente a porta. Se desejardes vos tomar dignos de Mim, não deveis ficar parados à porta. Deveis ultrapassá-la e caminhar pela longa estrada, muitas vezes cheia de obstáculos, andar até o fim da mesma; quer dizer, até chegar ao Meu Peito Paterno, o qual vos alimentará com sentimentos permanentes, os quais não só podereis suportar mais, mas serão vossos como um bem eterno. Isto vos diz Vosso Santo Pai que vos abençoa e que sempre se encontra junto a vós Amem.

Da pescaria de Pedro (ver prédica 30)

Lucas cap.5, ver. 3-8

Recebido por Gottfried Mayerhofer, em 6 de junho de 1870

As pessoas têm te perguntado (a G. Mayerhofer) sobre este trecho de Lucas, pois sentem em si a necessidade de jogar suas redes, para pescar almas em Meu Nome.

Eu entendo seus corações e o que desejam alcançar com isto, mas para jogar suas redes, em primeiro lugar, deve-se ter conhecimentos de como pescar, em segundo lugar, ser chamado para exercer esta atividade em Meu Nome.

Simão Pedro também duvidava da sua pescaria. Apesar de ser exímio pescador, só lançou suas redes após ter recebido Meus conselhos e sua fé estar bem fortificada.

Isto todos vós deveis fazer. Todos ainda tendes muito que pescar dentro de vós mesmos e quando este vosso solo estiver totalmente livre de entulhos, deveis vos dirigir aos vossos “mais próximos”, pois dentre estes existem muitos peixes para serem pescados, mas são muito arredios para entrar na rede (existem vários solos para as sementes, como existe uma grande variedade de peixes, porém peixes nobres existem poucos). Quando tiverdes realizado uma boa colheita (ou pescaria) nesta região, aí sim podereis pensar um pouco mais longe, mas que isto seja claro: tudo deve ser feito em Meu Nome, pois sem Ele nada é possível.

Para ter bom êxito, aconselho todos a limpar bem o próprio solo, a própria rede, tal que nem um peixinho sobre. Logo a seguir, que envolva carinhosamente os corações de seus familiares com Minha Rede. Se um único membro da família ficar preso nela, todo o trabalho já foi válido. Eu, como experiente pescador, vos ajudarei a envolvê-lo com Meu Amor e estarei feliz com esta pesca. Deveis considerar que o mundo ainda não está pronto, para que consigamos capturar facilmente peixinhos para Minha rede. Eu já fico bastante satisfeito, se conseguirdes algo com o anzol e com a mordida de apenas um. Não imaginais quantos anzóis com iscas deliciosas Eu tenho no mar e quão poucos se deixam pescar, quão poucos desejam se tornar “Meus peixinhos” e se deixar prender em Meu Amor. Se um de vós conseguir prender um único ser no anzol, este já se tornou um filho muito agradável. Mas as redes devemos deixar em casa e só jogá-las, quando o mundo com suas maldades levar as almas a um local seguro, para então serem pescadas. Neste caso podeis contar com uma farta pescaria em Meu Nome, pois Minha ajuda as levaria a vós.

Isto considerai bem. Estas são Minhas regras e estejai todos certos de Minha bênção na hora certa, quando fordes pescar. Amém.

Conselho para realizar a missão de conquistar almas novas

Recebido por Gottfried Mayerhofer, em 20 de junho de 1870

Recebeste (a G. Mayerhofer) pedidos de como se situar ante um jovem, a quem se deseja conquistar para Minha Seara; como conquistá-lo e qual o momento certo.

Vamos primeiro considerar que, de acordo com a educação, a individualidade e o caráter de cada um, cada pessoa é um caso único e devemos usar meios diferenciados para conquistar este ou aquele para Meu Reino.

Porém em geral observai todos a seguinte ordem: quem não vos questionar e quem não vos pedir pão a este nada deveis oferecer, pois somente quem estiver com fome, saberá apreciar o pão.

Aquele que jamais sente fome e que pede comida somente por hábito – às vezes somente para passar o tempo, ou por ter escutado falar deste pão e curiosamente deseja conhecê-lo – para este comilão ocasional Meu Pão não é destinado.

Meu pão só é destinado para aqueles que já experimentaram todo o tipo de comida, mas não conseguiram satisfação com nenhuma e agora estão a procura, esperando encontrar com sua persistente busca o verdadeiro pão, o pão original, o alimento espiritual, este alimento pelo qual tanto têm ansiado sem ter nenhum conhecimento do mesmo, sem saber como este Pão é e qual o seu gosto.

A estas pessoas Eu ajudo, para tomar sua procura um pouco mais fácil, e os encaminho para tutela de algum de Meus filhos, para assim chegarem à tão ansiosa meta.

Oferecer meu Pão a qualquer um que desejar conhece-lo, somente por pura curiosidade ou sem nenhum compromisso, isto será um esforço nulo. Lembrai-vos o que Eu disse aos Meus apóstolos: “Não deveis jogar Meus Ensinamentos (Minhas Pérolas) aos porcos”. Com os jovens todo o cuidado é pouco, pois o mundo exerce uma grande atração sobre os mesmos e com alguma palavra ou ato errado, podereis afastar esta alma definitivamente de Meu caminho.

A conta gotas devem ser semeados os Meus Ensinamentos, com vossos exemplos, vossa maneira de viver, de encarar o mundo; conseguireis muito mais do que com longas palestras. Vossa alegria é o exemplo mais vívido de que estar no Meu Caminho é bom. Os jovens precisam de entusiasmo. Só vendo o que Meu Amor faz com vossas vidas e vossos corações, eles deixarão que o mesmo entre em seus corações e se apodere dos mesmos totalmente. Então suas almas se elevarão para a gloria do espírito, e com este ardor Me amarão e cuidarão de seguir Meus Mandamentos, não por obrigações ou termos, mas espontaneamente, por amor. Então poderão dizer: “Sim, o mundo tem muitas atrações maravilhosas, pois foi criado pelo Pai paras ser nosso lar bonito e feliz, mas o homem, com seu egoísmo, o transformou num verdadeiro inferno. Em vez de paz existe guerras, dores e desgraças. Mesmo alegria mais verdadeira, se for em nome do mundo, sempre deixa um gosto ruim. Quem usufruir as alegrias em honras ao Senhor, como as ofertadas pela natureza, por exemplo, lá encontrará ao Pai; pois Ele tanto vos fala das tormentas, como do suave murmúrio de um grilo, e sempre diz as palavras certas para seus corações. Suas palavras sempre são de amor e confiança, um bálsamo que jamais acaba. Entretanto os divertimentos mundanos são de pouca duração e as alegrias que nos causam logo acabam, ou às vezes ocultam outras intenções, ferindo quem foi traído. Deveis mostrar a todos que o único que é eterno e infinito é o Meu Amor, pois Eu sou o Criador, Deus Eterno, e tudo que de Mim se origina é eterno. Amém.

A voz interna e mais conselhos sobre vossa missão

A disseminação do evangelho purificado

Recebido por Gottfried Mayerhofer, em 3 de novembro de 1870

Fazem muitas perguntas para ti, meu servo, (a G. Mayerhofer) pois só confiam, quando recebem o recado por ti, como se Eu só falasse por teu intermédio.

Todos deveis entrar mais em contato com o eu interno, pois muito vos falo em vossos corações, mas pouco confiais nestas vossas intuições e sempre esperais e dais mais crédito ao que vem dos outros. Todos vós estaríeis muito mais perto de Mim, se ouvísseis mais o que dizem vossos corações.

Não gosto de ser chamado, e Meu escrevente não consegue responder a toda e qualquer insignificância.

Eu não quero que só vos movais sob a liderança de Minha Mão. Eu prefiro que caminheis com vossos próprios pés, sob a liderança da voz interna que coloco em vossos corações. Também deveis conseguir combater as influências outras que querem se apoderar de Meu lugar em vossos corações. Para isto deveis purificar bem vosso interior e vos acostumar a ouvir Minha Voz, conseguindo assim separar o certo do errado, o verdadeiro do falso. Isto fortifica a alma, a torna independente e lhe transmite o conhecimento de sua própria força, esta que somente é conhecida pelas almas que já enfrentaram muitas lutas e como conseqüência conseguem distinguir com correção as vozes que lhes falam.

Este é o motivo por que estais sempre a Me perguntar... Não tendes nenhuma confiança em vós mesmos. Posso dizer que não estais “em casa”, em vosso interior.

Eu dirijo todos vossos questionamentos de tal maneira, que todos verão a luz. Eu, vosso Pai da Luz, não quero, de jeito nenhum, ver uma única sombra em vossas casas, as mesmas que um dia Me hospedarão.

Vê, Meu querido escrevente, aqui tens mais uma novidade para teus “perguntadores”: sua independência, da qual ainda não tinham conhecimento, (apesar de intuírem), pois ainda não a alcançaram e porque ainda não conseguem conhecer o poder que ela possui.

Também não é necessário que detalhem vossas perguntas; Eu já as conheço de há muito.

O homem é um ser espiritual livre. È difícil que ele aceite de imediato o conhecimento que outros lhe transmitem. Tudo deve ser digerido em espírito, antes de ser aceito no sangue espiritual como mais um elemento de vida. Devemos aguardar um certo tempo, para ver se este processo espiritual se inclina para o bem ou para o mal; ou em outras palavras, vamos ver se o remédio funciona. O que faz um médico, quando receita um remédio? E o que prova o funcionamento do mesmo? Estas perguntas devem ser bem estudadas em vosso interior.

Vê, meu filho, quando alguém adoece, os seus próximos chamam um médico. Este chega, examina o doente, lhe pergunta sobre o seu mal (para conhecer bem sobre seu estado) e só então escolhe o medicamento adequado para sua cura. E se a natureza da doença estiver duvidosa, pode aguardar um pouco, ou pedir exames, a fim de que nenhuma dúvida persista. Bem, quando encontras um doente, o que fazes tu? Primeiro sondas se ele não é um solo fértil para teu ensinamento ou remédio. E se vês que o assunto não vai bem, começas a miná-lo com dúvidas que mais tarde serão esclarecidas (a pedido dele), ou o levas a encontrar as respostas ele mesmo. E no momento em que vires que teu irmão está pronto, tu lhe dás o medicamento necessário.

O que acontece com um doente ao tomar um remédio? Este primeiro vai para a boca, onde é tratado pela saliva e pelo esôfago, vai para o estômago e aos sucos, que o levam para os órgãos doentes, que o absorvem com grande avidez. Também pode entrar em outros órgãos, o que causa um incômodo, mas este incômodo pode causar a salvação e a cura dos órgãos afetados pela doença. O mesmo fazes com Meus ensinamentos e Minhas Palavras. Primeiro os dás à boca espiritual de teu irmão; quer dizer, tu os colocas pela palavra em seu ouvido, ou, se por escrito, aos olhos do cérebro, órgãos primários e recebedores dos alimentos espirituais por Mim ofertados.

Nesta primeira etapa de salvação já se inicia o processo de separação: a razão se apodera de sua parte e o coração toma aquilo que a razão não consegue digerir, o que somente é possível de se aceitar pelo sentimento. Neste momento geralmente acontece um certo incômodo devido ao alimento não habitual, ou melhor, uma briga entre o hábito e a novidade. Esta luta deve ser enfrentada e finda. Do mesmo jeito que o remédio tem um gosto desagradável e amargo para as bocas que só degustavam alimentos doces, a razão não fica nada feliz com o medicamento, que lhe parece tão amargo no começo. Este remédio enjoa o doente, e ele quer afastar para bem longe estes ensinamentos espirituais, tão estranhos, amargos e degradáveis para o seu gosto, desejando ficar com seus conhecimentos de sempre.

Aqui se apresenta mais um incômodo: sendo o coração considerado um órgão inferior, o seu desejo de exigir seus direitos causa uma revolução ímpar na razão. A razão quer dirigir coisas que não são para ela. E com este querer e não querer romper e se apoderar violentamente, inicia-se um processo de purificação, no qual nem sempre o coração sai como vitorioso.

Bem, depois que o médico deu o remédio, o que é que ele faz? Vê, Meu filho, ele aguarda o término da crise com muita paciência e amor. Isto é o que tu também deves fazer. Tu também não tiveste que passar por toda sorte de dúvidas e lutas, cujo resultado Eu aguardei com toda Minha Paciência? Cada vez que se desprendia um pedaço da velha muralha que te envolvia, Eu te aplicava mais um golpe, até que ela ficou totalmente arriada, e tu pudeste ter a visão do lindo horizonte de luz celestial, cuja visão os velhos ensinamentos te proibiam. Faze tu o mesmo: Aplica pequenos golpes na muralha velha e cômoda dos hábitos e aguarda o efeito dos mesmos. Se a muralha for mais forte que tuas forças, deixa-a de pé e aguarda Minha intervenção, pois Eu tenho ferramentas bem mais poderosas para derrubá-la. Porém, como num mundo natural, é bem mais daninho derrubá-la aos poucos, dando-lhe sempre tempo para se acostumar, do que chegar com um trator e fazer a derrubada de uma só vez. Mas se teus irmãos e irmãs estiverem tão endurecidos, que nem consegues uma brecha, retira-te e te conforma com a idéia: “Essa alma eu quis salvar... Pelo menos fiz meu esforço e minha obrigação”. O resto deixa para Mim. Eu conheço outros meios, porém desagradáveis, para extirpar o mal do coração das pessoas. Elas devem ver que os doces falsos não levam lugar nenhum. Amém.

Mais conselhos sobre a missão

Recebido por Gottfried Mayerhofer, em 12 de novembro de 1870

Se é para conquistar uma alma para Meu Reino, vou dar-vos alguns conselhos de como fazer, isto se desejardes ter algum sucesso. Muitas destas congregações estão ansiosas para sair a campo e conquistar seguidores para estes ensinamentos, pelos quais elas estão tão entusiasmadas e que acreditam ser a única e eterna Verdade. Muitas vezes lhes falta tato para fazer a aproximação correta e muitas vezes “trocam os pés pelas mãos”, como costumais dizer.

No mundo cada pessoa é um mundo – pequeno, mas um mundo – e deveis tratá-la da mesma maneira que Eu trato Meus mundos, seja um sol, um planeta, um cometa. Cada um tem sua individualidade e como tal deve ser abordado. Eu, porém, estou em vantagem: Eu conheço cada um de Meus mundos perfeitamente, o que não acontece convosco. Vós não conheceis ao vosso próximo como Eu o conheço e como conheço ao universo. Eu não erro, mas vós sim. Por isto deveis considerar muito bem que o homem é um conglomerado de experiências, opiniões e de ensinamentos recebidos na juventude, isto se quiserdes intervir na organização espiritual do mesmo. Tudo o que não se adaptar a vossos novos ensinamentos, não poderá ser afastado com muita facilidade. Deveis ir com muito cuidado. Não podereis dar a uma alma doente o mesmo medicamento que dais a uma alma saudável, pois podereis causar mais mal do que bem. Deveis dar ao enfermo doses pequeninas, cheias de amor e paciência, e só lhe dar o que conseguir absorver no momento. Lembrai-vos que para vós também não se iluminaram todos os cantos de vosso ser com a luz da Verdade num único instante. Tal como na Terra, o dia clareia aos poucos em vossos corações. Se agirdes com cautela, um sucesso é possível; porém não vos imponhais com avidez, não vos esqueçais o quanto demorou o clarear dos corações convosco, quanto tempo levou, para que tudo fosse aceito em vosso sangue espiritual. Quantos dentre vós podeis dizer que não tem nenhum problema em passar Meus Ensinamentos aos irmãos? Observai vossa vida e vossas ações e vereis quão longe estais do que de fato deveríeis ser. E Eu vos pergunto: por quê? Porque vós não entendeis Meus Ensinamentos em sua totalidade. Um homem que está completamente convicto da verdade não consegue falhar. Pesquisai em vosso interior e vereis quão longe estais do que realmente deveríeis ser.

Se encontrares alguém que não conheces, cuidado com tua aproximação. Não o assustes com tua ansiedade. Sê calmo e paciente e dá-lhe o mínimo possível, para não afastá-lo. Cuidado com o que dizes sobre a religião, o amor, a paciência, a humildade e especialmente sobre o perdão. Contenta-te em obter dele um pouco de atenção. Não exijas a sua imediata conversão e aceitação. Mostra-lhe teu exemplo de vida e com isto ganharás mais do que com mil palavras.

Da tradutora:

Natal de 2001

Meus irmãos,

Estas mensagens são meu presente de Natal. São trechos do livro “Conselhos de Vida”.

Ninguém corrigiu meu português (*). A última vez que estudei foi no primário, nos idos dos quinze e pouquinhos... É de coração que vos dou estas palavras recebidas por Gottfried Mayerhofer.

Paz, Amor, Saúde e muita Fé.

Um beijo

Hannelore

Do digitador:

(*) Na verdade tomei a liberdade de fazer uma rápida revisão gramatical, dentro das minhas limitações e com ajuda do corretor ortográfico do Word.

Basicamente pretendi estender este belo presente a todos os internautas conhecidos que foram “pescados” direta ou indiretamente pela rede da Nova Revelação do Pai.

Faço também meus os votos da Lore. Beijos a todos.

Obs.: Visite regularmente o site www.neoteosofia,com

Ricardo

Conselhos

Como se comportar espiritualmente

Escreva a todos uma boa palavra! Aquele que a observar, que receba uma boa parte a qual jamais lhe será tomada. Esta palavra é a seguinte:

LUCAS X, 40-42.

A Marta trabalhava muito para Me servir, razão pela qual ela chegou-se a Mim e falou:

- Senhor, não perguntas porque motivo minha irmã deixa-me servir-Te sozinha?! Dize-lhe que também faça algo!

Eu, porém, respondi:

- Marta, Marta, tu tens muitas preocupações e afazeres, porém só é preciso uma cousa! A Maria escolheu a melhor parte, a qual não lhe será tomada.

Se Eu disse isto diante de Maria, à Marta que me servia, que direi Eu àquelas nas quais não se encontram os mais leves vestígios de uma Maria? Pois não servem a Mim, mas somente ao mundo, e isto o dia inteiro, sem ter tempo suficiente para prosar Comigo durante alguns minutos, tantas são as tagarelices e pensamentos fúteis. Se por acaso pensarem em Mim, só o farão como relembrando um inverno de dez ou vinte anos atrás.

Que direi àquelas para as quais a preocupação mundana vale tanto quanto o Amor do Pai e suscita interesses durante um mês, até mesmo durante um ano.

Que direi àquelas que estão medindo o dia inteiro, cortando e enfeitando o comprimento de um traje e calculando quantas pregas deverá ter? Ou, também por outra, àquelas ¾ que não são Maria, mas em relação a Minha servil Marta ¾ que até alta noite trabalham, não raras vezes sem descansar seu corpo; porém, em se tratando de ouvir a Minha Doutrina, o sono as vence?

Que diria às que possam meditar dias a fio se um almofadinha dignou-se lançar-lhes um simples olhar? Nesta meditação, sendo relembrado Meu nome, se aborrecem e viram as costas para aqueles que as repreende.

Eu aqui só falo daquelas das quais ainda se pode falar, porque as outras, Eu nem menciono. Aquelas outras são as que marcham de acordo com o mundo, de acordo com o rei do mal, Lúcifer, que habita o ar e domina pelo espírito, que tem a sua ação em particular nos filhos descrentes. Porque a descrença faz caminhar nos desejos da carne e de sua razão mundana. Portanto estes, desde nascença, são filhos da ira eterna!

Bem a estas Eu não Me dirijo mais, mas sim àquelas que se têm como minhas filhas e no entanto não Me consideram mais, pelas pequeninas futilidades em seus corações, do que um vestido velho e roto. Portanto pergunto: Que direi àquelas? Sim, digo, mas não poderei dizer muita cousa, a fim de que algo seja dito. Embora não dirigido à Marta, isto fica estabelecido: como a obra, assim a recompensa; de acordo com o amor, o seu preço.

Quem homenageia mais o seu corpo do que a Mim, esta exija do seu corpo a recompensa, quando tornar-se pó e cinza. A quem os aplausos do mundo aprazem mais do que os Meus, muito bem, estou de acordo, que se contente com isto; mas pode estar certo de que jamais Me imporei a eles.

De acordo com as obras, assim será sua vida espiritual. Quem tem tão grande prazer na vida da matéria, que é a morte da alma, este não terá medo de cavar diariamente, sem receio, o seu túmulo, uma vez que assim lhe apraz. No fim de contas, ele encontra seu consolo, mas Eu ficarei distante dele.

Não é necessário falar. Tempo virá em que ambos os sexos ainda chegarão a compreender a fundo, neste mundo, que boa recompensa conquistarão com sua obra! Nada mais direi. Bendito aquele que seguir estes conselhos. Os de meio termo, estes serão cuspidos de Minha Boca, conforme promessa feita no Evangelho.

Amém. Assim diz o Santíssimo, porém esquecido.

Amém, amém, amém!

Ensinamentos

Para o renascimento da alma

1. Como consta na escritura, Ele, Jesus, aumentou em graça e sabedoria perante Deus e o homem, mas permaneceu submisso aos seus pais até iniciar a Sua missão.

2. Como era possível que Jesus, sendo o Ser Único e Eterno, poderia aumentar em graça e sabedoria perante Deus e o homem?

3. Perante o homem principalmente; sendo Ele, de toda eternidade, o Ser mais perfeito.

4. Para podermos compreender isto, é preciso que não se encare Jesus como Deus Único, ...

5. ... mas sim como um simples homem no qual o Ser Divino se aprisionava, aparentemente inativo, assim como em cada homem está aprisionado o espírito.

6. Mas como todo homem precisa libertar o seu espírito de acordo com a Ordem Divina, ...

7. ... assim Jesus também teve que agir, para libertar o Ser Divino em Si e para poder unir-Se com Ele.

8. É preciso que todo homem tenha em si certas fraquezas, que são justamente as cadeias acerca da alma, pelas quais ela se encontra como que imprensada num invólucro.

9. Estas algemas podem ser rompidas apenas quando a alma, que se encontra amalgamada com a carne, estiver fortalecida pelas justas abnegações e se tornar tão forte, para captar e sustentar o seu espírito.

10. Por este meio, pelas múltiplas tentações, o homem também pode observar as suas fraquezas e discernir o como e o porquê do seu espírito estar aprisionado.

11. Renunciando justamente nestes pontos, pela abnegação, ele liberta o seu espírito, prendendo com isto a sua alma.

12. Depois de um certo tempo, se a alma se encontra algemada por todos os laços espirituais de antanho, este tal espírito liberto toma posse de toda esta alma fortalecida.

13. Através disto, esta alma penetra em toda a perfeição divina do espírito e torna-se UNA com ELE para toda a eternidade.

14. Libertando-se ela de uma algema após a outra, aumenta sua força espiritual, que é a sua sabedoria e a sua graça.

15. Sabedoria é a visão clara da Ordem eterna de Deus em si. A graça é a luz do Amor eterno, pelo qual todas as infinitas cousas, suas relações e seus caminhos, são iluminados.

16. Como isto acontece com o homem, aconteceu também com o Homem–Deus Jesus.

17. Sua Alma era igual a de uma criatura comum, sujeita a maiores fraquezas, porque seu Espírito Divino, com toda sua potência, devia aprisionar-se com algemas mais poderosas, para concretizá-las em sua alma.

18. Portanto a Alma de Jesus teve que enfrentar as maiores tentações, renunciando a Si mesmo, para dar ao Divino Espírito a máxima liberdade e unir-se com Ele.

19. Justamente nesta abnegação consistia o aumento de sabedoria e graça na Alma de Jesus, diante de Deus e dos homens, á proporção em que o Espírito Divino se unia cada vez mais com Sua Divina Alma, que era o próprio Filho.

RETROSPECTO ANUAL

(recebido por Gottfried Mayerhorfer no 2º aniversário da fundação da Escola Triestina, em 15 de março 1872)

Mais um ano se passou durante o qual Eu vos dei muito alimento espiritual; porém pouco compreendestes e menos ainda transformastes em vida e ação. Quantas Palavras já vos expliquei, descobrindo-vos seu significado espiritual e permitindo-vos uma visão das profundezas da Criação, como da Minha Sabedoria e do Meu Amor! E qual o resultado? Só empilhais o recebido, olhando por novas dádivas. Agis como um colecionador botânico que aumenta ano por ano sua coleção de ervas e flores secas, mas descuidando totalmente das inúmeras maravilhas que há numa só folha, numa só florzinha.

Perguntai-vos se o perfume celestial das Minhas Flores espirituais vos motivou a transformá-las em ação – única finalidade por que foram dadas! Conscientizai-vos o que significa que Eu, Criador e Senhor do Mundo, condescendi a guiar-vos pessoalmente, quando mil outras devem seguir seu caminho sozinho! Uma ponderação honesta da vossa indiferença deveria fazer-vos arrepiar os cabelos.

É profícuo comemorar os aniversários de acontecimentos importantes, pois nos levam a perguntar-nos: Em que ponto estava no ano passado? Que fiz desde então? Agi conforme meus propósitos? Avancei ou retrocedi? A resposta a estas perguntas algo capciosas não serão sempre lisonjeiras. E menos ainda o será, se Eu, Vosso Pai, se bem que cheio de Amor e Paciência, vos examinar assim: “Filhos! Que fizestes com Minhas Palavras que recebestes durante um ano? As pusestes em prática? Vós as incorporastes, tornando-as UNA com vossa alma? Como aceitastes as ondas de Luz que vos dirigi do eterno reino de humildade, tolerância e reconciliação? Deixastes penetrar em vosso íntimo estes raios, entusiasmando-vos apenas em receber o reflexo e o calor da Luz da Sabedoria e Amor, ou vos empenhastes em fazer participar de seus raios também vossos irmãos em caso de necessidade?”

Talvez vossas respostas a essas perguntas do Vosso Pai no Céu sejam pouco satisfatórias; mas elas devem ser tomadas muito a sério. Dando-se a ocorrência uma só vez ao ano, quem de vós sabe se no ano que vem não terá de responder já no Além, em outras circunstâncias que poderão exigir uma prestação de contas mais severa?

Por isso, não proteleis para amanhã o que pode ser feito hoje; quer dizer, aperfeiçoai a cada dia e a cada hora o vestido da vossa alma, que será o único a vos acompanhar para o Além e que determinará o tipo de sociedade com a qual ireis conviver, como também a atribuição de tarefas que vos serão confiadas. Eis a razão dos muitos conselhos que vos dou, e das provações às quais vos submeto: fazer de modo que a veste da vossa alma se torne cada vez melhor e mais bonita, sem manchas sujas e partes feias, correspondendo à nobreza da alma e de seus valores espirituais.

Vossa vida no mundo não é tão fácil, mas muito mais séria do que pensais. Eu, Vosso Pai que conhece o futuro que vos espera, vos faço esta advertência, para que não desçais, quando as circunstâncias da vossa vida não se apresentarem conforme os vossos ideais. Considerai, pois, este aniversário como seção de uma parte de vossa vida que nunca mais voltará, examinando-vos honestamente; se não, como poderíeis esperar salvação de vossas almas? Vós mesmos exigis salvação, não teria Eu o direito de exigir o mesmo de vós?

Fazei o possível para manter-vos à altura espiritual que alcançastes e guardai-vos de descer, de retroceder. Cada aniversário deste dia de graça deve encontrar-vos melhores, mais puros e mais perto de Mim, enchendo-vos cada ano com mais sossego no exame de vosso coração durante o caminho percorrido. Mesmo assim, não haverá falta de erros a serem removidos também no futuro, pois cada ano, cada dia acarretam novas provas e novos resíduos de luta.

Observai as árvores: a ventania as sacode, fazendo-as muitas vezes estremecer até as raízes mais profundas. Mas é este tremor e afofamento da terra que as liga ainda mais ao solo, levando as raízes à maior atividade e força. Assim também as tempestades que de todos os lados se aproximam de vós só servem a fixar-vos mais fortemente em vosso solo, que é e deve ser o Meu Amor e a Minha Doutrina.

As tempestades querem consolidar a vossa confiança em Mim e lembrar-vos sempre o valor das dádivas que recebestes de Mim, Vosso Pai cheio de Paciência e Amor. Ao mesmo tempo devem incentivar-vos – para vossa tranqüilidade e Meu contentamento – a fim de que cada aniversário da data de hoje vos encontre melhores do que no ano anterior, e que, progredindo assim constantemente, vós vos torneis maduros para a grande passagem para o Além. Será ela o começo do vosso caminho como espíritos na Eternidade, para o qual a vida atual não terá sido mais do que o prólogo que não deve desonrar, mas corresponder plenamente ao conteúdo do livro para o qual foi escrito. Amém.

SOBRE O GRANDE PENTECOSTES

Mensagem do Pai recebida por Gottfried Mayerhofer em 4 de junho de 1871

e dirigida a Johannes Busch, editor das obras da Nova Revelação recebidas por Lorber

Meu querido Filho!

Desejas receber de Mim algo profundo, espiritual e sublime, semelhante à mensagem sobre “Luz, Vida e Amor”. Vê, também naquele dia em que Meu Espírito desceu sob forma de chamazinhas, sobre Meus apóstolos amedrontados, era o Meu Amor que lhes trazia Luz e Vida, enchendo-os com Minha Força Divina, que os capacitou a retransmitir a outros, em várias línguas, tudo o que ouviram e apreenderam, acompanhando e confirmando suas palavras por feitos milagrosos semelhantes aos praticados por Mim.

Mas o que faço agora, já desde bastante tempo? Não é que derramei Meu Espírito também sobre vós, saciando vossa fome de alimento celestial com Palavras insufladas diretamente no coração de mensageiros eleitos? Desta maneira, o que tinha dito pessoalmente há mais de mil anos, vós o recebeis agora, com explicações para o vosso tempo e com o acréscimo do que se perdera.

Derramei Meu Espírito também sobre vós como sinal de Minha Graça imorredoura e Meu amor inesgotável. Naquele tempo vim aos Meus discípulos no termo da Minha Missão, que era o começo da deles; agora a situação é inversa. Hoje, Meu Espírito derramado sobre vós é o precursor da Minha breve volta. Nas descida do Meu Espírito sobre os apóstolos, a casa onde estavam reunidos estremeceu sob um forte golpe de vento que hoje, na Minha Vinda a vós, também se produz espiritualmente, soprando sobre a vossa casa, a Terra, para forçar os espíritos há muito aferrados no sono a despertarem.

O que então se produziu com a vinda do Meu Espírito no fim da Minha missão terrestre acontecerá de novo antes de Minha volta. Mas não será mais vossa casa de habitação a estremecer em seus alicerces sob o impacto do vento potente; será sim a atmosfera espiritual de vossa Terra, agitada pelo vento espiritual, o qual – semelhante ao vento da manhã antes do nascer do Sol – precederá na Minha breve Volta o novo levantar espiritual do maior Sol Central de todo o Universo.

Estremecem agora, sem reparar a causa, os ânimos e corações dos homens, até as profundas e mínimas fibras do organismo espiritual. Tudo começa a despertar do sono. Mas assim como uma pessoa que for desperta abruptamente do sono não sabe no primeiro momento o que faz, assim também povos inteiros, acordados pelo vento espiritual provindo do Alto, cometem, sonolentos, ações insensatas, até despertarem completamente, agindo de novo conscientemente.

Meus Filhos é que devem ser precursores de Minha nova chegada, os que promovem o vento espiritual, preparando os povos para os acontecimentos futuros. Como João no deserto, pregando a penitência e por meio destes golpes de vento espirituais, cumpriu sua missão de despertar os adormecidos e de prepará-los para a Vinda Daquele do qual não se sentia digno de desatar as correias das sandálias, assim também tu, Meu Filho, que divulgas as Minhas Palavras para a humanidade, impulsionas este vento que deve bater aos ouvidos surdos dos homens, anunciando-lhes com voz de trombeta Minha próxima chegada. Tu também és eleito, como vários outros, a ajudar e apressar o derramar do Meu Espírito, purificando o ar espiritual e fazendo-o apto a formar esta corrente de ar espiritual que permeia agora todos os corações e deve expulsar deles todo o mal.

Lembrai-vos do Salmo 24, onde consta: “Levantai-vos, ó portais eternos, para que entre o Rei da Glória!” – Não quer dizer outro do que: Purificai vossos corações, para que as Palavras de Vida do Senhor encontrem boa terra e produzam frutos dignos Dele!

Eis que meu espírito é derramado sobre toda humanidade. Ainda que não possas compreender inteiramente tua missão, nem descobrir a finalidade dos sucessos transcendentais no mundo, Eu te digo, Meu Filho: todos eles são destinados a conduzir quem estiver apto da grande noite espiritual em que se abismou agora toda a humanidade, para a Luz, junto a Mim, que sou o verdadeiro destino. Não compreendes por que todos os ânimos estão fervendo, sibilando em efervescência e querendo eliminar os elementos estranhos? Onde o mostro não tem suficiente lugar nos barris para se estender, quebra sua cadeia e, libertando-se, causa momentâneos estragos; mas os espíritos bem fermentados já conseguiram sua meta, isto é, tornam-se livres das cadeias que queriam impedir seu desenvolvimento espiritual.

Não te assustes com as formas que tomarem os acontecimentos - as que já viste e as que ainda verás. O mal deve ser eliminado, não se podendo evitar que no começo a separação se processe por meios violentos em vez de pacíficos e produza resultados aparentemente maus, pois ambas as partes se tornam livres.

O bem, pela separação do mal, ganha maior folga; mas também o mal é livre, podendo agora seguir sua inclinação, assim como o bem. Deixa acalmar-se este processo de fermentação que - enquanto está em curso - é caracterizado só por luta e destruição, assim como acontece também com o mostro! Mas qual é o resultado? Não é um vinho bom e puro, que fortifica o organismo? Espera, pois, também pelo vinho da fermentação espiritual e verás que o resultado será a Minha Doutrina de Amor em sua forma mais pura.

Assim como o vinho age no fraco, acalentando seu corpo para maior atividade, assim também a Minha Doutrina fortalecerá as almas do restante da humanidade, pondo-as em condições de aguardar e receber dignamente Aquele que ajudou a preparar este magnífico vinho, vinho este que habilitará os corpos espirituais para um superior trabalho de cunho espiritual e para maior bem-aventurança no Reino do Amor.

É de tal modo que o Espírito será derramado sobre Meus Filhos. Essas benções vão pairar quais chamazinhas suaves sobre as cabeças de Meus eleitos, dos quais há muito fazes parte, Meu Filho.

Devagar deveis começar por preparar a poucos, ensinando-lhes a compreender e suportar o Espírito do Meu Amor. Fazei como os apóstolos, que se reuniram em mansões fechadas! Vós todos, ainda escolhidos e desapercebidos do mundo, fortalecei vosso espírito, firmando-vos contra todas as tormentas que possam advir! Vossa primeira tarefa será de compenetrar-vos que as coisas que são do Espírito devem ser consideradas de valor supremo; as mundanas, porém, ocupando o lugar mais baixo. Compreendei que nada no mundo é estável – a não ser Minha Verdade, Meu Amor, Minha Luz e Minha Vida! Aprendei a assistir tranqüilamente o desmoronamento de tudo que é mundano, mas nunca perdendo de vista que de toda destruição e aniquilamento de coisas supérfluas vai levantar-se das cinzas, purificada pelo Fogo do Amor, a Árvore da Verdade Divina!

Por enquanto, só fumaça escura que, porém, vai se tornar cada vez mais clara e mais leve. E no fim haverá, saindo dos resíduos, apenas ligeiros vapores, nos quais o nascente Sol Espiritual formará – semelhante ao arco-íris de sete cores – as primeiras e últimas Palavras de Minhas Leis Divinas, isto é, das grandes Leis Universais:

“Amai a Deus acima de tudo – e o próximo como a vós mesmos!”

Meu Espírito então se verterá sobre os corações de todos sobreviventes; despontará a aurora espiritual; surgirá para Seus filhos o Eterno Sol de Amor que não conhece ocaso, para fazer-lhes sentir, aos que sobraram, toda plenitude de Seu poder e de Sua força. Este será então o Pentecostes para Meus Filhos que perseveraram fielmente ao Meu Lado, procurando – e encontrando somente em Mim e junto a Mim – sua consolação e ajuda.

Vê, Meu Filho! Querias de Mim algo profundo e sublime: eis a interpretação de um Pentecostes futuro, como o era também para Meus discípulos. Naquele tempo começou o processo de purificação e fermentação, lançando Eu o estopim no meio das multidões em forma de Minha Doutrina. Ora, ele começa de novo a arder em outros lugares, soprando o vento de uma a outra extremidade da Terra, sem que alguém saiba de onde vem e para onde vai. É aquele vento que Meu amado discípulo João menciona por metáfora em seu Apocalipse como os sons de trombeta que precedem o derramamento das taças de cólera. Estas significam as lutas do antigo e tradicional contra o novo e insólito, a efusão do Meu Espírito Divino – Seu primeiro efeito e Seu resultado final.

Continua, pois, também tu, divulgando a Minha Doutrina! És semeador; lança convictamente a Minha Semente, deixando a Mim o seu crescer! Quando um dia estiveres Comigo, rejubilar-te-ás Comigo ao ver, com olhos espirituais, os frutos de teu empenho, que por enquanto podes levemente presumir. Festejarás então o teu Pentecostes Comigo, reconhecendo as Chamas de Meu Espírito de Amor sobre tua cabeça e sobre a de teus irmãos, e abençoarás – apesar de toda devastação e seus horrores – a Mão que tão gloriosamente te conduziu, assim como aos teus, a bom termo.

Que queres de mais profundo ainda? Olha no espelho do futuro, ergue o véu que encobre ainda o nascer do Sol e verás chegar o Pai em toda Glória, rodeado de Seus anjos e espíritos. Ele abraçará de novo o Mundo qual Sol após a tempestade, com Seu Amor e Calor, dirigindo Sua chamada a todos vós, como naquele tempo a Seus discípulos, na casa fechada:

“Não temais. Sou Eu, Vosso Pai!”

Amém.
Tradução de Elly, em maio de 1973

I

A Vida Cósmica

(extraído de Segredos da Vida, psicografado por Gottfried Mayerhofer, em 14 de julho de 1876)

Já vos disse muita coisa sobre a vida, vos mostrei a mesma em várias fases, como se manifesta, o que é; mas sempre resta algo a dizer sobre esta vida. Como aparente emanação de uma potência espiritual é nada mais do que a Vontade provinda de Mim, que se mostra em milhões de manifestações diversas.

Para vos introduzir agora nesta vida espiritual e para vos mostrar melhor ainda a diferença entre o espírito e matéria, esta palavra sob o título “vida cósmica” deve vos explicar, em geral e também em detalhes, a vida espiritual e como se trata sempre do mesmo princípio. É sempre o mesmo motivo, começando do mínimo átomo do éter até o mais elevado anjo, sempre é Meu Ser Divino que se manifesta em vários graus e em diversas formas, lutando pelo desenvolvimento e o aperfeiçoamento. Desperta o progresso espiritual, o estimula e se torna visível em tudo como vida.

Se digo “vida cósmica”, Eu quero usar esta palavra como na língua grega, como “vida que compreende o universo todo”. Pois tudo que existe deve ter tido uma idéia fundamental, porque foi criado, para que está destinado e onde deve finalmente chegar.

Nas pesquisas científicas e suas experiências, vossos letrados se esforçam para reduzir tudo à última causa, às últimas forças fundamentais que movimentam tudo e o conduzem ao fim. Este último motor Eu quero vos mostrar agora, que é a base de todo ser e que pouco a pouco prepara tudo para o desenvolvimento futuro.

Se considerardes o universo todo com o olho espiritual e se atravessardes pela força do pensamento a região infinita do éter, descobrireis nada mais do que “átomos de éter”, que são a substância mais fina da matéria; porém vossos microscópios, espectrômetros, etc. nunca serão capazes de mostrá-la à vossos olhos materiais.

Estas partículas do éter finíssimas, todas têm no seu centro uma centelha espiritual (específico espiritual) de Mim, de Meu Ser, que lhes fornece a existência eterna e o permanente impulso do desenvolvimento e do progresso.

Uma partícula espiritual de Mim se encontra em cada átomo, da mesma maneira como algo existe no vosso organismo, externamente e internamente, que se estende até os mais finos pontos da sensibilidade da pele. Este princípio psíquico não tem nenhuma outra finalidade, do que formar o corpo, de mantê-lo e de espiritualizá-lo.

Na região de vossos corpos as vossas almas são oniscientes por causa deste fluído dos nervos, que percorre vossos corpos e até vos envolve exteriormente como uma aura de vida exterior. Da mesma maneira, algo de Mim está também em cada átomo do éter, e por isso não existe um pontinho no reino visível e invisível da minha criação espiritual e mundial, onde não estou sempre presente.

Aqui é a base da dita Onisciência e Onipresença que existe também em vossos corpos, só com a seguinte diferença: a vida espiritual em vós, a alma e o espírito, é que constroem (constituem) o físico e o psíquico. Comigo o primeiro não sucede, pois não vejo a matéria, mas só o espiritual; mesmo lá, onde pensais descobrir elementos elementares.

Voltemos aos átomos do éter, pois devo vos explicar primeiro como são feitos, que missão e que finalidade têm e porque existem. Então escutem: um átomo do éter, que conforme vossas idéias não é um corpo, é, porém, em si algo separado, demarcado, pois do contrário sem demarcações se dissolverá em algo diferente. Mesmo sendo tão ínfimo, um tal átomo tem a dimensão de largura, de comprimento, e de profundidade, como qualquer corpo.

Neste átomo uma centelha de Mim (específico espiritual) está encerrada. Eu o criei, deve então ter algo de Mim e Meus atributos. Existe nele o instinto do aperfeiçoamento. E como cada átomo na sua quantidade e qualidade deve ser diferente dos outros, para formar todas as matérias necessárias à criação do universo, se dá entre eles a assimilação e a associação, pois por meio da atmosfera que lhes envolve, o que é homogêneo se atrai e o heterogêneo é afastado (no reino dos insetos existem antenas para isto).

Desta maneira se formam moléculas dos átomos; das moléculas, células e cristais, se desenvolvem calor, luz e vida, que facilitam a formação de corpos maiores.

Depois da formação dos mundos começou a vida orgânica; desta, a vida espiritual e dela, a vontade de se tornar similar ao que é divino. Desta maneira a centelha divina colocada no ínfimo átomo, em etapas volta ao lugar de onde veio.

Naturalmente quando quero criar seres vivos, devo dar-lhes uma moradia e um impulso que os capacita a seguir seu caminho espiritualmente determinado, como indivíduos no meio do infinito.

Além da minha qualidade como criador sou, como sabeis de muitas das Minhas Palavras, o Amor em pessoa. Como o Amor só deseja fazer os outros felizes e encontrar a própria bem-aventurança na felicidade dos outros, Eu, como Deus do Amor, tinha de criar para vós moradias de bem-aventurança. Os seres, como imagens de Mim, tiveram de receber formas que exprimem o Amor como algo de divino neles. Assim se formaram mundos dos átomos do éter e, depois do desenvolvimento material deles, os seres vivos. Todos eles representam certos atributos Meus.

O ser humano, como pedra final da criação material, na sua missão como homem terrestre, tem de abrir caminho para o próximo degrau espiritual como futuro habitante de meu reino espiritual, pois não tem saltos, mas somente uma transição suave de um degrau ao próximo; só tem um progresso sucessivo.

Assim os mundos se formaram da imensa provisão no espaço. Eles circulam e pela fricção se formam calor e luz, que despertam os finos átomos de seu repouso, lhes forçando a se amalgamar. Em longos tempos eles são assim trazidos a regiões onde podem renovar o que foi gasto e assimilar algo completamente novo.

Um mundo que circula ao redor de outro e o seu movimento ao redor do próprio eixo não tem nenhuma outra finalidade, do que despertar a vida e difundi-la.

Observai: em todo lugar tem este impulso de não deixar algo em repouso. Tudo que tem peso procura um pouco de descanso e tem a tendência de lá permanecer, o que aconteceria, se não existissem no seu interior o impulso da decomposição e outras influências no seu exterior.

Movimento é a vida e o grande movimento circular do Mundo, a vibração da luz e do calor devem tirar os objetos ou os seres desta letargia, forçá-los a se desenvolver. Nada foi criado para se estagnar, mas para progredir e se transformar.

Por isso se formaram milhões e milhões de sóis e mundos no imenso espaço etéreo; assim formam-se ainda hoje os cometas, que são o começo de grandes sistemas de mundos. Eles circulam ao redor do corpo central grande, do qual nasceram. O aparente reino material contém o germe do aperfeiçoamento, até que os mundos, mesmos os maiores existentes, acabem seu ciclo, apurando e espiritualizando tudo contido neles. Entram em novas uniões para, como mundos mais desenvolvidos, serem moradas para seres espirituais mais elevados. Como a matéria desenvolve a vida nela de degrau em degrau, do visível e grosso ao mais fino etéreo, assim se desenvolvem os seres, pois suas moradas devem corresponder ao seu desenvolvimento espiritual.

Como Eu disse uma vez: “Na casa do Meu Pai tem muitas moradas”, o repito agora: sim, muitíssimas moradas ou habitações espirituais existem, onde seres espirituais análogos se regozijam de felicidades que correspondem à constituição de seu espírito e as quais são feitas assim que, ao lado de gozo permanente, possam ter o vislumbre de bem-aventuranças maiores e de moradas espirituais mais puras.

Comigo estagnação não é possível, uma maior aproximação a Mim abre sempre mais o horizonte, pois Sou infinito e Meu mundo tem de ter o mesmo caráter.

Assim vedes a vida cósmica, começando com o mais ínfimo átomo do éter, subindo da matéria inconsciente ao anjo espiritualmente consciente, que com um olhar alcança o mundo material, que pode compreender Minhas idéias e tem o poder de executá-las.

Assim existem estas ilhas de mundos, inúmeras, que como entidades isoladas têm de absorver seu processo de desenvolvimento.

Assim subsistem estes mundos enormes com seus seres análogos. A vossa fantasia não consegue imaginar nem sua distância, nem seu tamanho. Todos têm um movimento próprio no espaço, para aperfeiçoar os seres e habitantes vivendo na sua superfície, a fim de que no fim do reino material algo espiritual mais sublime possa nascer deles.

Por isso a Bíblia disse que para Mim mil anos são iguais a um dia. Eu vos digo: Para Mim, milhões de anos representam só um instante, pois inúmeros mundos materiais circulam na grande criação, onde não se pode contar os milhões de anos que passaram antes de que eles tornassem a ser mundos, até que formassem seus planetas e cometas e até se aperfeiçoassem, a tal ponto de poder ser morada para seres sensíveis.

Os anos de vossa vida, a rotação de vossa terra ao redor do Sol, o completo tempo da revolução de vosso sistema solar ao redor do seu ponto central, tudo isto é menos de um segundo no grande relógio dos tempos, onde está marcada a duração da Minha criação cósmica.

Por isso vós sentis surpresa e admiração quando contemplais a Minha criação, pois usais uma escala pequena demais para poder medir ou julgar a criação de um Deus, um ser infinito!

Existem sistemas solares de onde o raio de luz precisa de milhões de anos para chegar a vós. O que sabeis destes mundos? Como devem ser gigantescos, para ser vistos por vós como estrelinhas. Onde está vossa matemática que pode compreender e contar estas distâncias, onde há bastante fantasia para pensar em tais mundos e imaginá-los?

E mesmo assim, Meus filhos, também estes mundos não são ainda os últimos marcos de Minha criação, bem atrás destes sistemas ainda existem outros sistemas de mundos. Eventualmente pode vossa terra e vosso sol não existir mais, antes de que um raio de luz vindo deste lugar atravessasse a região onde anteriormente circulava vosso sistema solar!

Levantai-vos e compreendei esta grandeza somente do mundo material, aprofundai-vos na concepção da Onipotência que criou tudo isto! E o criou com poucos meios, com atração e repulsão, com luz e calor. Compreendei este Senhor e Criador, pois no Olho Dele vosso sol com todos seus planetas parece um pontinho só. Se Ele não fosse o que realmente é, um Pai para Seus filhos, já teria deixado desaparecer uma raça como a vossa, a qual, depois de tudo o que Ele fez para ela, se comporta tão obstinada e deslealmente contra Ele. Compreendei este amor que, como disse outrora, “deixa cada dia o sol se levantar acima dos bons e dos maus” e que cada segundo invada de milhões de graças a humanidade, apesar de tantas aberrações e negações de tudo que é divino!

Compreendei este Deus que em tempos passados desceu dos Céus em forma humana, que vos legou ensinamentos de Amor, de Tolerância, do Perdão. Aprofundai-vos no pensamento de Sua Grandeza, Seu Poder, Sua criação infinita e avaliai o que quer dizer que Ele, o Criador Infinito e Senhor, não vos deixa sentir nada destes atributos esmagadores, mas quer ser somente Seu Pai, Seu Guia Amoroso que desde muito tempo já tem contato direto com vós, que tenta vos atrair, que vos explica e mostra todos os segredos, só a fim de que aprendais a amá-lo e a fim de que mais facilmente encontreis vosso caminho espiritual, que é traçado para todos que foram criados por Ele.

Sobre tudo isso deveis meditar e se em horas de calma quereis elevar vosso coração a Ele, o façais de maneira digna de vós e d’Ele, pois só assim podeis esperar que Ele dê ouvidos aos vossos pedidos; pois Ele é um espírito e quem quer adorá-lo deve fazê-lo em espírito e verdade.

Pronunciei isto há mais de mil anos, e ainda não o compreendeis. Vós vos perdeis em preocupações mundanas, pedis de Mim coisas insignificantes, esquecendo que sois descendentes de Mim, outrora participastes em bem-aventuranças espirituais e que tínheis missões e alvos mais elevados, do que nesta vida terrena se apegar a coisas fugazes e procurar vossa salvação nelas!

Esta é a razão de decepções, de esperanças vãs; nunca compreendestes que tenho outros planos convosco, que freqüentemente são contrários aos vossos desejos, pois tomais muitas vezes coisas secundárias como coisas principais. Não obstante tantas mensagens que vos dei até agora, ainda não sabeis o que quer dizer “viver espiritualmente” e o que é “vida cósmica”. Esta vida geral que é “a lei fundamental da criação”, que responde a todos os “porquês”, não a conheceis! Se pudésseis penetrar nestas grandes leis, mais facilmente compreenderíeis que nenhum ser pode livrar-se destas leis e que cada transgressão deve imediatamente ser seguida pelo castigo. Enquanto não sois capazes de vos ocupar com idéias grandes e profundas, vós abrangeis só uma pequena esfera que não vai além da vossa vida doméstica.

Por isso Minhas mensagens, Meus avisos, Minhas explicações; por isso Minhas diversas revelações. Como o que é grande só pode ser atingido pelo pequeno, deveis Me seguir, a fim de vos tornar pequenos na sua vida terrena, para crescerdes espiritualmente e vos levantardes até as alturas, onde aprendereis a conhecer a formação do mundo material dentro das leis cósmicas e onde vereis como estas leis encontram seu ponto culminante somente na perfeição espiritual. Progredindo de degrau à degrau, sempre se aproximando de Mim, reconhecereis o que sou como Criador.

Assim o Amor nasce sozinho, se baseando na estima. Ele é conseqüência dela, pois quando se conhece o Mestre de suas obras, se entende melhor quais os atributos que devem honrá-Lo e como pode existir tanta bondade e tanto amor ao lado deste imenso poder.

Aceitai estas palavras de Minha Mão. Ela é a mão paternal que quer vos puxar para cima. Não a menosprezeis, de contrário o prejuízo será somente do vosso lado.

Amém.


Tradução de Elly, em maio de 1973

II

Uma Escada de Jacó

(extraído de Segredos da Criação, psicografado por Gottfried Mayerhofer, em 26 de julho de1871)

Ele falando a Mayerhofer:

Uns dias atrás fizeste um vôo através de Minha criação tomando a Minha Mão e agora desejas comunicá-lo a outros, para que simpatizem com o que sentiste e conheçam Meu poder, Meu Amor e seu próprio valor.

Como tudo que atravessa tua alma não é só para vós, mas para uma finalidade muito maior, também esta visão, onde observastes os degraus da vida espiritual até a Mim, será repetida, para provar a todos o que quer dizer trazer em si uma centelha divina, parte do Meu Eu.

Para que serviriam todas as criações com seus grandes milagres, se não tivesse em um espírito inteligente que pudesse compreender o que é visto e vislumbrado?

Para que serviria o aspecto do Céu estrelar, onde milhões de sóis fraternais vos mandam a minha luz exclamando: "Também nós mandamos a vós, vermes pequenos, a nossa luz de distâncias incomensuráveis, mas somente podeis perceber isto, quando vosso sol não irradia mais para vós. Tomem nosso apelo como mensagem de consolação e de advertência. Também um imenso mundo de espíritos manda a vós, espíritos grandes de origem divina, suas lembranças de longe! Vós – ou muitos de vós – nem percebem e sentem esta saudação do mundo dos espíritos, pois o sol da Terra ainda vos ilumina demais. Porém quando este começa a se inclinar para o poente, quando tudo que parece e é sem valor vos lembra de uma vida superior, quando a noite se faz no coração mundano, neste momento começam as influências de um mundo espiritual elevado, com as estrelas cintilantes que uma após outra aparecem no firmamento imenso. Então as vozes dos espíritos vos inspiram e vos falam a mesma coisa, como as estrelas: Existe ainda um outro mundo, um mundo espiritual, igual a um grande mundo infinito material, onde os espíritos por degraus se aproximam da perfeição, até que todos no Meu Céu espiritual, além de qualquer mundo criado, reconhecem o verdadeiro alvo de sua vida e de seus esforços".

Até lá é atraído o mais ínfimo infusório, como também o maior anjo. Lá tudo encontra seu desfecho, seu fim material e seu começo espiritual. Lá, no Céu de todos os seres primários da criação, começa a verdadeira vida espiritual. De lá emanam todos os raios de meu Poder e Amor Divinos, espiritualmente fertilizando todos os sistemas solares e mundos. De lá sai o pensamento do amor, o raio elétrico e a luz veloz em todas as direções, estimulando, incorporando, espiritualizando, dando vida, educando e desenvolvendo tudo, do menor átomo até o maior sol, seguindo uma única lei: o Amor; a fim de que tudo se aproxime do Criador, compreendendo e amando-O.

O Espírito é tudo, em todo lugar ele é o despertador, o portador, aquele que desenvolve.

Quando o espírito está preso na matéria, ele sustenta a permanente assimilação e desintegração, do rígido até o líquido, do líquido até o aeriforme, do aeriforme ao gasiforme, até a mais fina e ligeira partícula do éter.

Nos reinos das plantas e animais é o espírito que guia a raiz pelo instinto, até o lugar onde encontra o alimento mais propício para seu desenvolvimento.

Com os animais o espírito emana a procura do nutrimento, à construção das moradias, à procriação. Assim se libertando mais e mais, o espírito sobe de degrau a degrau, do primeiro senso do tato e um mínimo de movimento próprio, até a concepção consciente da existência, no último elo de todas as criações materiais: o homem; que depois figura como primeiro elo numa fila de criações espirituais. Enriquecido de várias faculdades, traz dentro de si mesmo a criação inteira. Ele é o ápice entre dois mundos, unindo o mundo material ao espiritual.

Isto explica as várias espécies de criaturas em todos Meus mundos, uns mais, outros menos providos de corpos materiais, conforme sua aproximação a Mim. Diferentes no tamanho, na duração de sua vida e no seu progresso gradativo, todos estão no caminho para Mim, da volta ao Criador, de onde eles vieram.

Um arquiteto, até que a casa fique pronta, só lida com material não elaborado e pouco a pouco, por meio de vários processos, ele deve aprontá-lo para esta finalidade, para lhe ser útil. Da mesma maneira a multidão de criaturas em todos os mundos, dependendo do mundo onde moram, também parcialmente é material de construção bruto e inacabado.

Como acontece, por exemplo, à madeira da qual o arquiteto precisa, também acontece ao homem nos diversos mundos.

A madeira em forma de tronco bruto deve primeiro ser talhada com machado, deve obter uma outra forma, vigas devem ser feitas para o suporte do edifício todo, depois as traves devem ser divididas em tábuas, ripas, postes. Finalmente a madeira é transformada pelas mãos hábeis em móveis, do banquinho simples até a poltrona polida e outros artigos (correspondendo a degraus de potência espiritual, até chegar a mais elevada que, finalmente polida como num espelho, reflita a luz, podendo assim transmiti-la também a outros).

Da mesma maneira se trata o ferro, a pedra. Ambos perdem sua dureza primitiva por meio do fogo. Facilmente maleáveis, eles obedecem à mão enérgica. A argamassa se torna uma matéria de ligação e meio de construção do edifício todo.

Assim na Minha criação toda vida inorgânica e orgânica é dividida em milhões de utilidades, porém tudo serve a um só fim.

Os homens em todos os sóis são iguais à madeira, ao ferro, à pedra. Primeiro devem passar por todos os processos de purificação, antes de poderem chegar na minha vizinhança ao Meu reino espiritual. Da mesma maneira que da madeira são feitas milhares de coisas úteis, do ferro mais ainda (até um número infinito de utensílios), se apresenta a escala de graduação dos homens e espíritos. Uns moram em casas primitivas, outros já em casas melhores, outros moram em palácios e assim até a última perfeição. Em todo lugar é o princípio espiritual que classifica, faz ordem e conduz ao desenvolvimento.

De tudo que vos revelei do vosso Sol e de seus planetas – começando dos habitantes pedantes do Mercúrio até os homens musicistas do Neptuno – não podeis ver um progresso espiritual gradativo. No Sol já vedes homens espiritualmente mais desenvolvidos, com mais conhecimentos da criação espiritual.

Aquilo que está sendo vislumbrado pelos habitantes do Saturno como o “Espírito Grande” já é mais conhecido aos habitantes do Sol.

Assim vai continuamente em todos os mundos, sóis e sistemas solares; os mundos e seus habitantes progridem pouco a pouco. Meu Amor vos impulsiona para diante, e como em cada um destes milhões de mundos a escala vai da planta ou do animal até o homem deste mundo, da mesma maneira continua para cima até degraus espirituais mais altos.

Não considereis aqui o tamanho ou a beleza dos mundos, nem as particularidades dos habitantes em forma ou inteligência. Tudo isto corresponde ao mundo deles, deve estar em relação com este. Olhai só vosso degrau espiritual, é ele que conta. Pois tendes na vossa Terra exemplos de sobra, onde a forma exterior não corresponde ao interior, ao espírito! Olhem o papagaio e outros pássaros do Sul com penas belíssimas! Onde está o canto vigoroso, como prova de expressão do degrau inferior do sentimento?

A mesma coisa acontece com os mundos: Se pudésseis abranger com a vista espiritual um destes grandes mundos, presumiríeis, no esplendor das cores e na beleza das formas lá existentes, uma inteligência espiritual que deveria fazer com que os habitantes de tal mundo se tornassem deuses. Porém estes mesmos habitantes, quando avistarem vosso interior, se desmoronarão em poeira diante da grandeza e da nobreza de vossa natureza divina, o que lhes falta, porque têm uma vida de sonho. Vós, porém, escolhidos por Mim para serem Meus filhos, podem com um olhar igual àquele da águia, percorrer rapidamente os espaços enormes de Minha criação, para lá ler claramente por meio da centelha espiritual (divina) e infinita o que Sou e o que podeis ser futuramente.

Milhões e milhões de tais mundos vagueiam no éter infinito, providos de belezas que nunca podereis compreender e mal podeis vislumbrar, que aparentemente são verdadeiros paraísos da paz e da bem-aventurança perene. Porém atrás destes mundos luminosos se esconde a escuridão espiritual, existe a falta da compreensão, a falta do conhecimento do porquê esta beleza e grandeza foi criada.

Mais uma vez podeis ver aqui que sou o maior em coisas pequenas. Vossa Terra, milhões de vezes menor do que um átomo de um tal mundo grande, abriga os maiores espíritos, aloja aqueles seres por causa dos quais Me tornei homem, e por causa dos quais Me deixei matar: POR AMOR A ELES!

Oh, compreendei de uma vez o que quer dizer representar – dentro daquela criação infinita, cheia de grandeza e sublimidade – aqueles seres que não precisam mais daqueles caminhos demorados até Mim, seres com os quais trato diretamente, aos quais ensino e guio. Enquanto outros seres que me amam da mesma maneira só podem pressentir, vós tendes as mais claras provas de Minha existência, da Minha atividade e de Minha benção perpétua.

Lá, naqueles mundos, existe a paz eterna, lá não há muita luta, porém não há muito mérito em ser um homem lá, pois é muito mais fácil do que se tonar Minha filha na vossa Terra.

Lá em cima os homens vivem conforme as exigências de seu mundo e de lá eles passam a um mundo espiritual novo, mais alto ou análogo. Para vós é diferente: deveis lutar aqui, renunciar, deveis suportar o que é o mais difícil sem perder a confiança em Mim. Aqui onde Eu, o Criador, tornei a ser homem e vos dei o maior exemplo da mais profunda humildade, aqui encontrai-vos num seminário para Meus grandes reinos espirituais, para Meus Céus espirituais. Como de noite a grande criação com seus milhões de mundos é legível e compreensível aos vossos olhos inteligentes, à vosso espírito recebido de Mim todo o Céu espiritual, seus degraus, sua dimensão, suas bem-aventuranças, tudo é compreensível e claro. Tudo isto é um mistério para sempre a milhões de habitantes de outros mundos e só se explica para eles, quando quiserem percorrer o vosso caminho freqüentemente tão amargo, que conduz, porém, à mais elevada bem-aventurança.

Agora que desenrolei diante de vossos olhos o quadro espiritual de Minha criação material, que é seguida pelo céu dos espíritos que não tem limites, agora refleti o que podeis chegar a ser e para que fostes destinados.

Não vos deixeis desanimar pelos contratempos desta vida, não vos deixeis cegar pela luz do sol do mundo. Vede: só quando virais as costas a ele, quando este sol não existe mais para vós, se abre, à noite, o céu estrelar, o mundo espiritual para vós. Nele podeis descobrir tantas moradas e degraus, quanto vedes de noite estrelas, sóis e mundos. Podeis supor ainda maior número deles, porque sua luz não alcança vossos olhos, por causa da distância grande demais. O mesmo número de mundos espirituais de degraus vos espera, filhinhos para os quais sofri, fiz e criei tanto!

Reconhecei no éter imenso Meu amor infinito e nas estrelas que brilham cada noite o mesmo número de raios de graça e caminhos luminosos que um dia trarão todos os seres a Mim, o Pai de toda criação, uns por caminhos curtos, outros mais longos.

Não foi por nada que dei esta visão e este quadro a Meu escrivão; escritos, eles serão testemunhas – primeiro a seu pequeno grupo e um dia à humanidade toda – de como conduzi Meus filhos, por que caminhos e com que meios tentei mostrar-lhes que é uma grande graça ser um homem aqui na Terra e uma grande, até maior, ser guiado e conduzido diretamente, como faço com vós já desde bastante tempo.

Refleti também sobre as palavras de hoje. A cada noite, quando levantardes os olhos até a abóbada estelar, deste livro de Meu Amor deveis lembrar-vos das seguintes palavras: “Senhor, o que sou, que Tu Te lembras de Mim?” Então de todos os mundos aclamarão com júbilo: “Alegra-te, pequeno homem da Terra, todos nossos habitantes invejam o que podes tão facilmente atingir. Jubila-te e te ajoelha em devoção diante de teu Criador, que esqueceu o Senhor dentro de Si e te estende Seus braços abertos como Pai, como um Pai cheio de Amor aos Seus filhos.” Amém.

Sim, jubilai-vos, Meus filhos, sobre o degrau espiritual onde vos coloquei. Não deixeis pendurar as cabeças, se pequenas adversidades ofuscam vossas mentes, ou se privações vos lembram do fato de que a vida é de curta duração. Deveis reconhecer desta maneira que a felicidade não está no contentamento do conforto corporal e social, mas no valor espiritual de vossa alma, que está desejando ardentemente se unir com o espírito que coloquei em vós, para vós poderdes ocupar no Meu mundo espiritual aquele lugar que até agora foi ocupado pelo espírito somente, mas não pela alma, antes de conseguir o batismo do renascimento.

Se vos apresentei nas palavras anteriores Minha criação inteira e seus ocupantes do ponto de vista espiritual, como devem atingir seu alvo por meio de caminhos variados [ sendo que o nosso foi por Ele muito encurtado], Eu assim fiz para vos provar e explicar que deveríeis ter muito mais entusiasmo de usar todas estas forças, a fim de progredir no caminho a Mim, que está aberto a vós. Não receeis os obstáculos, olhai sempre na Minha direção, tomai tudo que acontece como um elo de uma corrente que pouco a pouco vos ensina, vos enobrece e nesta vida terrena vos prepara para o além-túmulo, de tal maneira que podeis atingir a maior parte já nesta vida e mais facilmente do que no além. Assim podereis vos tornar aptos a cumprir a sua missão elevada, sem recuar.

E especialmente vós, aos quais mando Minha Luz dos Céus com tanto cuidado, refleti que quando faço uma tal coisa, devo, além das razões gerais, ter mais umas especiais em vista.

Mostrai-vos dignos de vossa Missão e de Minha Graça. Caso vos destine à obras importantes, deveis lembrar que dignos instrumentos da Minha Vontade devem ser lavados, purificados e robustecidos, antes de que o Pai possa utilizar-vos como apoio para outros!

Tomem todos os acontecimentos como exercícios na escola. Eles devem fortificar-vos, pois deveis demonstrar, não só em palavras, mas também em atos, que a doutrina que vos dei é verdadeira e a única que consegue fazer de homens espíritos purificados, e dos espíritos Meus filhos.

Muitos de vós ainda não querem compreender isto, sempre querem combinar uma vida confortável e mundana com o espiritual. Eles temem abnegações, privações, sacrifícios; mas isto é em vão, pois se quereis tonar-vos Meus filhos, deveis, como Eu em tempos passados, esvaziar o cálice do sofrimento até a última gota. Também Eu exclamei no jardim de Gethsêmane: “Pai, afasta este cálice”; assim fiz no momento, quando Meu Amor me deixou a sós e quando senti a Minha posição como ser humano. O Amor só quer fazer feliz, mas naquele momento tinha de negar a Minha qualidade fundamental por causa do alvo mais elevado... e esvaziei o cálice do sofrimento até o fundo.

Também alguns de vós chamam: “Senhor, afasta de Mim o cálice do sofrimento”. E Eu como o Pai que ama a todos, que somente quer ver Seus filhos felizes, não posso satisfazer este desejo, para o próprio bem do filho. Devo permitir que sofra, que beba o cálice até o fim, a fim de que ele vença, como Eu venci naquela luta, e a fim de que aprenda a abençoar esta Mão que o guiou da noite amarga do sofrimento até a luz clara da bem-aventurança.

Eu passei pessoalmente por todas as condições críticas possíveis, pois fui homem exatamente como sois, permiti que tempestades mundanas descarregassem sobre Mim, a fim de que ninguém pudesse dizer: “Ensinar é fácil, mas executar e provar nas ações é difícil”.

Esta é a razão por que passei uma vida inteira, começando pelo berço, para vos mostrar que quando o espírito é forte, pode vencer e suportar tudo. Mas ele deve estar convencido da própria missão e de seu destino espiritual, pois deste ponto de vista todos os contratempos recebem o próprio valor e sua explicação.

Se de fato quereis tornar-vos Meus filhos, deveis ter a firme convicção que deveis com exemplos ser puros; porém tornar-se puro não é possível, sem previamente tirar defeitos e convicções erradas com abluções.

Mostrei a vosso olho espiritual os grandes mundos e seus habitantes. Estais vendo como sois privilegiados, mas que só na luta há vencedor, pois quando, como o provérbio disse, “as aves fritas voam para sua boca”, não existe mérito! Enobrece a alma sentir que lutou, mas venceu!

Vede aqueles milhares de mundos e seus habitantes; tantos querem lutar para vencer e fazer os maiores sacrifícios. Eles gozam do Meu Amor paternal como vós, mas não posso permitir esta luta a todos eles e só posso permitir esta transferência em casos isolados, onde o ser humano renuncia à liberdade espiritual no mundo dele e prefere a sujeição e a luta no vosso mundo.

Milhões e milhões de espíritos vos invejam, mas quereis permanecer cegos e não sabeis o que quer dizer ser escolhido como filho.

Não espereis até que um dia devais exclamar no outro mundo: “Ah, se soubesse, teria agido de outra maneira”.

Se a um de vós escapa esta exclamação no outro mundo, será tarde demais, pois só após lutas longas e caminhos falsos chegareis; mas aqui na Terra isto poderia ser levado a cabo com menos esforço.

Por isso, Meus filhos, despertai, levantai-vos, escutai a voz do Amor que vem ao seu encontro de todos os caminhos da criação; virai as costas ao sol deste mundo, aprofundai-vos na luminosidade do reino espiritual, de onde partistes. Lá vive vosso Pai, lá está vossa futura morada, lá todas as perguntas e dúvidas inexplicáveis encontrarão sua solução. Dirigi-vos para lá e também vós recebereis visões que abrirão a vista para aquelas esferas onde o amor expande sua luz, distribuindo calma e felicidade. Vistos de lá, vossos desejos com referência à posição social e financeira desaparecem em comparação ao gozo espiritual que vos leva além disto tudo e vos deixa sentir a força de Meu amor, a elevada bem-aventurança de saber que finalmente o paraíso da paz foi atingido. Lá não tem som desarmonioso que interrompa a harmonia dos coros dos espíritos. Todos estão de acordo e me oferecem o cântico de Meu Amor, não como Criador, não como Senhor, mas como PAI.

Despertai, a fim de que já agora vislumbreis tais bem-aventuranças no vosso coração. Aprendei a fortificar em horas de solidão vosso olho espiritual, a fim de que atinja, além de tudo que é material, aquele mundo espiritual que de um lado está distante de vós, mas, se quiserdes, está pertíssimo: no próprio coração.

Se já passastes uma vez por tais momentos de consagração espiritual, o sol do mundo já começa a pôr-se e a multidão dos céus espirituais, iguais a estrelas cintilantes, vos farão compreender a grandeza de vossa existência futura e o tamanho de vossa verdadeira moradia.

Meditai nisto agora e vivei em conformidade, para um dia tornar-vos discípulos de Mim. Amém.


Tradução de Elly, em julho de 1973

III

Myosotis (Vergissmeinnicht) e Cobra Cascavel

(extraído de Segredos da Criação, psicografado por Gottfried Mayerhofer, em 23 de novembro de1870)

Forget-me-not

Non di-scordar de mim

No mi olvides

Meus Caros filhos,

Acontece a vós muitas vezes na vida que penseis em coisas tão diversas no mesmo momento, coisas que parecem ter nem a mínima relação entre si. Assim, soube do vosso coração a seguinte pergunta: “Estas coisas engraçadas que me vêm na cabeça neste instante...; queria saber se, mesmo uma sendo tão estranha à outra, existe uma ligação espiritual entre elas, pois estes objetos – sem minha vontade – se encontraram por acaso dentro da minha cabeça?”

A esta observação preliminar só posso responder que às vezes acontece também em sonhos que objetos nunca imaginados se reflitam diante da vossa alma, no cérebro, e que as coisas as mais bizarras se juntem como num caleidoscópio.

Naquela relação de coisas não conhecidas a vós, que visto de fora não têm nada uma com a outra, existe muita coisa no sentido espiritual, na interpretação espiritual. E estas coisas se avizinham mais do que vós podeis adivinhar, justamente por causa de sua diferença exterior.

Aqui se fala de duas coisas que conforme o entendimento humano não têm o mínimo parentesco, pois uma florzinha e uma serpente certamente não são objetos que façam pensar em afinidade espiritual.

Mas na maneira que Eu olho esta questão, devo confessar que não era possível encontrar relação mais significativa, do que aquela entre a flor e a serpente.

Perguntareis: “Mas como isto é possível?” E respondo: Só um pouco de paciência, e tudo poderá ser provado de maneira bem natural.

Perguntou um jovem entre vós: “O que significa a flor?” Significa que a pessoa que entrega esta flor a uma pessoa amada ou estimada quer dizer a ela: “Não me esqueças, quando estiveres longe de mim!”

Bom, para avançar um pouco, vamos nos perguntar porque justamente esta flor recebeu este nome, se esta lembrança é uma característica desta flor ou algo diferente.

Devo responder que foram os alemães que deram este nome a esta florzinha e que muitas nações nem a conhecem, ou a chamam de nome bem diferente. Aquilo que chamais linguagem das flores e que compreende o significado de algumas flores é uma língua dos tempos antigos da velha Ásia e tem uma raiz profundamente espiritual, porém a chave que explica estas relações se perdeu há muito tempo. Às vezes sabeis das relações, mas o porquê vos permanece desconhecido.

Também este nome – “vergiss mein nicht” – vem de uma língua de analogias. Vamos ver por que isto. Vede, esta florzinha – que não se distingue pelo perfume nem pela beleza ostensiva e que cresce somente na margem de ribeirinhos frescos, claros, de correr murmurante – espiritualmente é o resultado de forças da natureza que no silêncio, embaixo de arbustos e árvores sombrosas, no meio da grama esguia, constroem uma flor que tem as suas raízes na água corrente e que, longe dos raios solares ardentes, na presença de ar fresco e perfumes cheios de alma, abre suas folhas, vos veste do azul celeste, e assim cumpre fielmente a sua missão entre as plantas, modestamente, sem brilho e luxo.

A tendência e a característica espiritual é a humildade, a modéstia e a simplicidade em costumes e pensamentos.

Muitas pessoas de boa índole e com almas afins, fazendo um passeio ao longo de um ribeirinho murmurante, admirando a natureza, sua atividade silenciosa e suas atrações suaves, já sentiam o impulso de oferecer a outra alma esta flor como lembrança destas horas divinas e puras. Mas era inconsciente ao doador (a) por que escolheu justamente esta flor, para exprimir seus sentimentos e fazer a outra pessoa lembrar as horas do puro prazer, pois o que assim quis dizer foi o seguinte: “Não me esqueça quando no turbilhão do mundo outras condições tentarem apagar estas horas de prazer suave. Permaneça simples, humilde e modesto como esta florzinha. Não procure o brilho do sol do mundo, para nele sobrepujar e brilhar, mas fique na sombra como esta flor; quer dizer, vive retirado (a) do grande barulho, nos prados cheios de outras flores, que são rodeadas de milhões de coletores de mel. Afaste-se disto e fique na sombra de seu próprio eu. Tente preservar esta calma e esta simplicidade, que é para a flor o ar necessário para viver e para você o seu prêmio de vida interior. Não me esqueça em horas difíceis; é seu amigo (sua amiga) que compartilha do seu destino”.

Assim esta florzinha permanece o propósito da modéstia, da suave lembrança entre corações de sentimentos profundos. E como o ar puro perto da fonte murmurante nutre e refresca a flor, este aviso do amigo na estrada da vida deve despertar sentimentos análogos no outro e o reconduzir à fonte primária, sempre clara e corrente, da sua vida interior, para lá procurar o alimento que substitua todo o resto.

Aqui vos dei a analogia espiritual de uma flor modesta, o VMN, que tem estreita ligação com seu próprio destino.

Agora queremos nos voltar à serpente cascavel e ver que ensinamentos e analogias este bicho nos dará, que foram colocados nele por Mim e os quais só o ser renascido é capaz de ler sem a Minha ajuda. Então escutai: Como esta flor cresce e floresce em tranqüilidade embaixo de árvores sombrias, esta serpente, como a maioria de sua espécie, também prefere os lugares tranqüilos e solitários. O que ali designa, caracteriza a flor de uma maneira inocente, também caracteriza este ser mortífero, rasteiro, andando de rojo. Ali o homem é atraído pelas florestas sombrias, mas aqui o homem recebe uma advertência do perigo da mata cerrada. Ali floresce uma florzinha a quem, sem medo, aquele que a conhece pode apanhar e dá-la a um amigo como lembrança; aqui a morte espera no meio da natureza abundante. Ali a flor pediu: “Não me esqueça”; porém aqui a natureza e a precaução chamam: “Não esqueça, oh homem, que, estando à espreita, escondo a morte onde só deveria reinar a paz”.

A serpente cascavel recebeu nas costas uma série de escamas móveis, assim fazendo um barulho esquisito, que parece com o estalar de conchas metálicas. Este equipamento o bicho usa em geral quando, procurando alimento, avista a sua presa. Este barulho tem uma influência magnífica sobre suas vítimas e as atordoa, assim que não podem mais fugir da esfera de ação dela. Na proporção que aumenta a sede de sangue e a fome da serpente, também aumenta a influência psiquo-magnética sobre a presa; até que ela pega a mesma, a mata pela mordida venosa, a cobre de sua baba, a esmaga, para depois pouco a pouco a engolir.

Olhai que analogia espiritual nos foi dada pela serpente para aquele que não escuta a chamada do amigo e no turbilhão e tímido do mundo sedutor se deixa arrastar no seu atordoamento, até que, incapaz de se afastar, ele será morto espiritualmente pela mordida venenosa do vício... Pertence ao mundo e sua alma será submersa na carne.

Alguém deveria tê-lo advertido com as seguintes palavras: Não se esqueça do Pai no barulho selvagem do mundo. No bosque sombrio, no verde da floresta, na margem de um ribeirinho, mas também lá a traição se escondeu. Você não deu bastante atenção, não escutou a chamada do amigo e ao invés de procurar a imagem nobre, sutil e bela da natureza tranqüila, esqueceu da serpente da sedução, que esconde a mordida venenosa embaixo do manto florido da vida mundana. Esqueceu minha suave advertência e esqueceu a serpente que o enlaça completamente e o encaminha à morte espiritual.

Assim, como já disse uma vez, cada coisa tem dois lados, a parte da luz e aquela da sombra. Só quem foi despertado, pode distingui-las e sentir o perigo, mesmo se estiver coberto de flores.

Também Eu, Meus Filhos, vos chamo: Não vos esqueçais da modéstia da flor e seu significado! E não vos esqueçais que até embaixo das cercas de rosas a serpente da sedução vos espera.

Mas também não vos esqueçais de Mim. Eu quero vos guiar, assim que desconfiarem do perigo, até se bem escondido! Lembrai-vos dos dois quadros: um da mansidão e outro da modéstia; o outro como advertência espiritual, no lugar onde não percebeis o inimigo.

Ambos vos exortam: Não vos esqueçais de Mim – ou dito em palavras evangélicas: “Sejam astutos como as serpentes, mas meigos como as pombas”.

Amém.


Tradução de Elly, em junho de 1973

IV

As Quatro Épocas da Criação do Mundo e da Terra

(extraído de Segredos da Vida, psicografado por Gottfried Mayerhofer, em 29 de julho de 1876)

Como tudo que faço sempre segue o mesmo princípio fundamental, e como um ato de criação deve produzir algo de útil, tudo deve ser desenvolvido e aperfeiçoado por Mim, para depois ser reconduzido a Mim.

Explicarei novamente hoje o que já mostrei na mensagem sobre os quatros períodos da vida humana (vinte em vinte anos: criança, juventude, idade adulta, velhice), desta vez falando das quatro estações do ano (três em três meses), ou épocas de desenvolvimento e amadurecimento. Só que aqui (nas palavras de hoje) isto foi efetuado em dimensões maiores, em eternidades e eternidades de conjunturas, antes mesmo do aparecimento dos eventos físicos mencionadas acima.

Como na infância vistes a vida espiritual e psíquica que se desenvolverá até as coisas grandiosas e como no inverno embaixo da neve tudo que vive espera pela sua salvação, também em tempos passados no espaço infinito tudo era mesclado e permanecia inativo, até que a Minha Palavra poderosa o despertou do seu sono para a atividade.

Foram Minhas idéias e pensamentos criativos que, começando do mais primitivo, deram a cada coisa mais simples a faculdade de produzir inúmeros seres da mesma espécie. Foram estas idéias que deram a essa imensa massa etérea o primeiro impulso, lá onde anteriormente tudo vivia junto, sem anseios de atração ou repulsão. Quando a Minha Vontade deu o primeiro impulso para isto, começou o ser, a associação com o seu igual (o homogêneo) e a repulsão do estranho (heterogêneo).

Diversos elementos se separaram, impulsionados por forças espirituais; outros se reuniram, numa ordem que correspondia às Minhas leis. Começou a vida, a formação. Aquilo que anteriormente repousava no éter sem ter limitações de largura, comprimento e espessura, começou a tomar forma.

Começou também aqui o processo da infância, ou a luta dos elementos embaixo do cobertor da neve, quando o primeiro raio de sol do impulso espiritual despertou a alma da criança, quando o primeiro raio de sol atuou derretendo, esquentando e vivificando a fria camada de neve, sob a qual milhões de vidas algemadas esperavam seu resgate.

A grande primavera do desenvolvimento cósmico começou e os mundos, sistemas solares e sóis entraram na adolescência, quando ainda nem tudo estava separado, e processos de fermentação eliminaram partes agitadas do sol central. Estas partes mais tarde, pelo mesmo processo, tornarão a ser sóis; estes sóis, depois do desprendimento e afastamento de peças ainda inferiores, tornar-se-ão terras que girarão ao redor destes sóis, como se fossem filhos dela.

Os gigantes sóis centrais de tamanhos enormes tinham de passar pela idade da adolescência. Não podiam progredir calmamente, mas tinham de passar por perturbações violentas, sofreram revoluções internas e outras superficiais que sempre modificaram seu interior e sua aparência, assim como as paixões poderosas do rapaz na sua mocidade deixam traços físicos na aparência e vestígios espirituais na alma.

Assim a luta continuou, com destruição de algo que foi feito e a renovação dele para um grão superior. Tudo se movimenta adiante, até finalmente chegar a um equilíbrio entre interior e exterior, e até os sóis mundiais e os sóis menores com suas terras entrarem na idade da natureza (idade viril), quando começa um andamento mais regular dos processos vitais, quando as revoluções e destruições violentas cedem pouco a pouco a uma ordem legítima.

Sempre andando com o desejo do aperfeiçoamento, seguia o espiritual – sempre preso na matéria. Nos mundos e sóis, pouco a pouco mudavam a forma e o invólucro dos mesmos, para que, passando por milhões de etapas, fossem guiados a um alvo espiritual mais alto.

Desta maneira, depois de longos espaços de tempo, também galáxias, sóis e terras entrarão na senilidade, quando a maior parte da força vital seja gasta e transformada em elementos espirituais. A matéria se modificará, como acontece com a árvore quando resta só seu esqueleto, suas folhas e frutos, e quando no ser humano o corpo cansado não pode mais servir como moradia e instrumento à sua alma progredida, pois a matéria rígida só impede a função do espiritual aperfeiçoado.

Assim acontece com os mundos, sóis e terras: se um dia tiverem aumentada a sua atividade de tal maneira, que a veste exterior esteja gasta e só reste o poderoso impulso interno que obriga a um progresso maior, este complexo espiritual dos grandes mundos, como também a alma do homem, rompem a casca imprestável que servia como revestimento e como órgão de atividade e se espiritualiza completamente. Uma vez aperfeiçoado, serve como material para fundação de um sistema de mundos sóis e terras superiores. Esta futura criação, comparada com a presente, tem a mesma relação da escória com o ferro, pois o último expeliu a primeira, porque pelo ferro e seu uso não tinha mais utilidade.

Estes são os grandes épicos da criação, tais como passam no espaço infinito desde eternidades. Eles atingirão a sua finalidade em períodos para os quais não tendes mais números, nem podem imaginá-los, mas durante eles a Minha vontade se cumprirá.

A esta criação material uma outra espiritual seguirá, como à existência humana terrena uma vida espiritual seguirá, numa existência correspondente a este mundo superior.

Mas agora vos mostrarei uma outra escada espiritual, ainda superior à precedente. É esta a escada do espiritual. É mais sublimada, conduz até a Mim Mesmo e se chama: vida espiritual – vida da alma – vida do anjo e vida de Deus.

Com vida espiritual quero dizer aqui a vida de todos aqueles espíritos ou forças da natureza que afetam a coerência do universo material todo, ou a consciência de todos os metais, pedras e terras e a continuidade deles.

Estes espíritos que são propriamente os portadores de todas as formas, de todos os produtos e de todos os seres vivos. Com exceção dos habitantes dos orbes terrestres – que se parecem comigo – representam em diversa graduação, conforme sua inteligência, específicos espirituais centelhas (espirituais) divinas que Eu Mesmo coloquei em tudo que existe. Eles fazem as coisas continuarem a existir e se aperfeiçoam, pois eles mesmos sobem de degrau em degrau. Porém eles ainda não são personalidades e têm a sua inteligência só na medida necessária para reagir sobre a matéria na qual estão presas, a fim de que ela subsista. Com cada degrau superior de existência, aumenta esta inteligência; assim eles começam como instinto, mais tarde como alma animalesca, pouco a pouco procedem a ser uma entidade espiritual de si mesmo.

Estes espíritos são no grande reino dos espíritos a mesma coisa que no nosso são as paixões e os instintos adormecidos. São a mesma coisa como os embriões embaixo da neve, na semente das plantas e nos germes dos animais; quer dizer, são os primeiros princípios que só esperam o primeiro impulso, para começar sua vida e sua ação. Eles progridem das camadas mais profundas, chegam depois à mocidade, até que são conduzidos como almas já mais conscientes, sempre atrelados ao espírito grande e geral da natureza. Ele sopra através de todos os mundos e espaços e impulsiona toda criatura, a fim de que cumpra sua finalidade; ele vos é familiar como instinto.

A vida da alma começa numa forma já muito mais isolada e confinada. Já foi dada a ela a capacidade da multiplicação por meio de sementes ou da procriação. Quanto mais desenvolvida na vida do animal, ela recebe um movimento mais ou menos livre.

Como a juventude com seus instintos e qualidades a serem adquiridas, isto é a preparação ao ponto culminante desta existência: o homem.

A planta amadurecida ou a árvore já possuem qualidades superiores. A alma que reside nelas já faz esforço para chegar a algo superior: a transição ao reino animal. Porém elas ainda são presas ao solo!

Existem algumas ervas e trepadeiras que possuem até um movimento progressivo. Eles representam a passagem até o reino dos animais, capazes de mover-se livremente.

A alma do animal, começando com os primeiros moluscos e infusórios até os macacos (animais que são próximos a vós somente pela forma e não pela alma) já tem o desejo do aperfeiçoamento.

Em certo grau já tem a propriedade de deixar-se educar e chegam a ser aperfeiçoadas pelo homem, dependendo da aproximação e da freqüência do contato com ele.

Estas enobrecem mais e mais sua inteligência e depois de sua morte se aperfeiçoam mais rapidamente, do que almas que vivem mais distantes dos homens, como por exemplo, os animais que vivem nas profundezas do mar e dos lagos, ou nas florestas densas, ou nos desertos. Estes não têm a inclinação de aproximar-se do homem, ao contrário, são os piores inimigos dele. Invés de se esquentar e se assoalhar na proximidade dele, eles até o perseguem, tentando matá-lo.

A maioria das outras almas animais possui o máximo grau de inteligência possível para se aproximar de vós. Se soubésseis quanto amor admiração e carinho há muitas vezes numa alma animal! Eles se sentiriam felizes, caso um espírito humano superior se ocupasse deles! Vós estranharíeis se soubésseis que qualidades existem num tal animal, muitos ficariam humildemente envergonhados e seriam forçados a revogar suas idéias altivas de dominar tudo que foi criado.

Este reino psíquico inteiro – composto de específicos psíquicos com suas milhões e milhões de graduações diversos – é como o fim da adolescência, que faz esforços para chegar à maturidade do homem, do caráter masculino. Ali encontra seu ponto final em todos os mundos, naquele que foi criado por último: o homem, já dotado de capacidades e qualidades espirituais e à imagem de um Deus Eterno e Universal.

Aqui e em todas as criações materiais o homem é o fecho da escala espiritual, e por meio de seu esforço e de sua atividade espiritual – pois ele tem de espiritualizar sua alma para progredir – ele caminha até a vida do anjo, uma vida que corresponde espiritualmente à idade viril, pois deveres mais e maiores devem ser cumpridos, e isto não para si mesmo, mas para milhões de outros seres, de cujo progresso espiritual devem cuidar.

Isto corresponde à vida familiar do homem que é um viveiro para “filhos de Deus”.

Para este grau de vida do anjo foram especialmente escolhidos os habitantes de vossa Terra. Todos os outros seres humanos vivos e habitantes de outras terras e mundos solares devem suportar o caminho desta encarnação na Terra, caso queiram tornar-se Meus Filhos. Pois não existe outro Caminho a Mim; quer dizer, à minha vizinhança mais próxima, onde Eu, correspondendo à idade da velhice humana, como Espírito mais perfeito, vivendo no Meu Centro, Sou o fim, o ponto culminante de tudo que foi criado, de tudo que é e que vive.

Isto então é a vida divina, uma vida separada, mas para todos e através de todos. É o ponto central, o ponto final e também o ponto de partida. A forma de um círculo representa Minha ação e Meu poder. Eternamente tudo emana de Mim, percorre todas as fases do desenvolvimento, para, enobrecido, voltar a Mim.

Aqui tendes os quatro degraus da vida espiritual:

- na matéria, como algo preso, sem consciência;

- na alma, como algo ativo conscientemente;

- no espírito, como algo livremente independente; e

- em Mim como Deus, Criador e Senhor de todo o universo, como o meio que governa, que como grau mais elevado, mais nobre e majestoso reina somente pelas qualidades mais meigas, não como juiz implacável, mas como Pai que une tudo somente pelo amor, abraçando tudo, para com meiguice o reconduzir ao coração paternal.

Compreendei bem, Meus Filhos, aos quais mostrei aqui a criação como um imenso panorama, qual é a posição que vós tendes neste reino espiritual de seres e espíritos vivos.

Compreendei vossa posição, para que fostes escolhidos, com que sacrifícios mesmo Eu vos adquiri, para vos formar para aquilo que Meu Amor paternal vos destinou entre variedades de seres.

Tratai de cumprir isto. Prendei a mão paternal que quer vos puxar para cima, bem na Minha vizinhança. Tomai esta mão paternal que quer vos poupar outros caminhos, mais penosos e demorados, a fim de que chegueis rapidamente. Aquele que não conhece outra alegria do que ver toda a criação provinda de Suas idéias e Seus pensamentos se refletir no espírito e nos corações de Seus filhos, que deseja como recompensa por tudo que fez só um título e uma confissão, quer que quando Seus filhos corram ao Seu encontro, exclamem:

“Pai, quem somos, para que Tu Te lembres de nós?”

Então posso, com Meus braços estendendo a vós, replicar:

Sois aquilo para o qual vos Criei, Meus Filhos.

Amém Amém Amém

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